sexta-feira, 30 de outubro de 2009

3 na Copa

Para os aficionados por Copas do Mundo, ou não, tenho uma indicação a fazer.

O site 3 na Copa, que está no ar desde março deste ano, traz análises, opiniões, poadcasts com programas bem humorados produzidos pelos donos do site e quase tudo o que você imaginar sobre o tema.

Além do link estar disponível nesse post, a partir de hoje ele estará entre os sites preferidos do blog, expostos a direita desta página.

Vida longa ao 3 na Copa!

Não deixem de espiar.

Trapaceiros fiscalizarão fraldes

Aqui no blog, posicionei-me contra a realização das Olimpíadas no Brasil por achar que não temos condições morais de receber os jogos. Também sou contrario a realização da Copa do Mundo em nosso país, obviamente, pelos mesmos motivos.

Claro, que quando essas competições acontecerem, pela magia própria do esporte, todos - inclusive eu - ficaremos empolgados e encantados com os eventos. Mas é importante nós sabermos que antes, durante e depois da Copa do Mundo, em 1014, e das Olimpíadas, em 2016, muita coisa errada pode acontecer.

Algumas já começaram.

No site Congresso em Foco, você pode ver a lista de Deputados e Senadores indicados para fiscalizar os recursos aplicados na Copa de 2014. O mesmo site, tem a seleta lista de políticos com processos na justiça. Para a minha surpresa - pra falar a verdade, surpresa nenhuma -, dos 18 titulares indicados, quatro estão envolvidos com problemas judiciários. Se contarmos os 18 suplentes, a lista de políticos envolvidos com tais problemas sobe para seis.

Segue abaixo a lista dos indicados que possuem imbrólios..

DEPUTADOS FEDERAIS

Ademir Camilo (PDT-MG) : Falsificação de documento público (ação penal 404).
Rômulo Gouveia (PSDB-PB): Captação ilícita de votos, corrupção eleitoral e crime eleitoral (ação penal492)
Wellington Roberto (PR-PB): Crime contra o sistema financeiro nacional (inquérito 2612)

SENADORES

Cícero Lucena (PSDB-PB): Possui dois Inquéritos (2527 e 2535) e uma Ação Penal (493) de Crimes contra a lei de licitações.
Valdir Raupp (PMDB-RO): Crime contra a administração em geral (Inquérito 2442), Peculato (Ação Penal 358) e Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (Ação Penal 383).
Wellington Salgado (PMDB-MG): Possui três Inquéritos. Dois de Crime contra a ordem tributária a apropriação indébita (2628 e 2634) e um de sonegação de contribuição previdenciária (2800).

Cabe a pergunta: que moral tem esses senhores para fiscalizar algo?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão"



A citação que intitula esse post, como já é de conhecimento público, é do presidente do nosso país. Ela foi feita em uma entrevista exclusiva do mesmo a Folha de São Paulo.

"QUEM VIER PARA CÁ NÃO MONTARÁ GOVERNO FORA DA REALIDADE POLÍTICA. SE JESUS CRISTO VIESSE PARA CÁ, E JUDAS TIVESSE A VOTAÇÃO NUM PARTIDO QUALQUER, JESUS TERIA DE CHAMAR JUDAS PARA FAZER COALIZÃO.", declaração de Lula na íntegra.

Lula entrou para a história do país. Seu carisma é tanto, que os escândalos cometidos pelas pessoas que o cercam não foram capazes de abalar o seu governo.

Administramente falando, ele foi bem. Nossa economia está em constante evolução, ele deixou o país em uma situação "favorável" para que as Olimpíadas e a Copa do Mundo aconteçam aqui (se bem que isso é questionável, mas ele será para sempre lembrado por isso), elaborou programas que de fato olham para os excluídos - como o Bolsa Família, Fome Zero etc...enfim, seu governo, com exceções, pode ser taxado como bom.

Apesar de tudo isso, eu classifico como o grande ponto negativo de sua gestão, a queda da máscara do seu partido, o PT. Como já disse em outro texto postado aqui, dê o poder a alguém e verás de fato quem ele é.

O PT, com razão, sempre foi contrário a várias praticas adotadas por governos passados. Porém, quando assumiu o poder, agiu igualmente ou de forma até pior. Subornar políticos para obter apoio foi demais.

Quanto a declaração de Lula a Folha, além de ser uma comparação esdrúxula e lamentável, mostra bem qual é a verdadeira faceta petista. "Não importa quem seja, o importante é fazer acordo e se manter no alto", devem pensar.

Prova disso, são as alianças com rivais políticos históricos, como foram José Sarney e Fernando Collor de Mello, atuais aliados da gestão vermelha.

Na declaração, Lula também nos mostra que já não se importa com os seus ideais. Não importa quem são os outros, o que pensam e fazem, o importante é estarem juntos para terem o poder nas mãos.

Já que Lula comparou Jesus com a maioria dos políticos que temos, vale lembrá-lo de algumas coisas. Como bem disse o jornalista Ricardo Noblat em seu blog, Cristo morreu por defender suas idéias até o fim. Não fez acordo com autoridades romanas e nem judaicas. Também vale informá-lo sobre o que o apóstolo João escreveu em Apocalipse 3, dos versículos 15 ao 16: "Conheço as tuas obras e não és frio e nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca". Ou seja, a própria Bíblia, maior difusora do evangelho de Jesus Cristo, fala que devemos ter uma posição definida, pois o meio termo enoja a Deus e também a grande parte da população brasileira.

Pelo menos Lula foi sincero, e nos mostrou o que passa, de fato, nas cabeças que governam o Brasil.

José Serra, governador de São Paulo e possível candidato do PSDB a presidência, criticou Lula por essa declaração infeliz. Disse que o presidente mostrou a sua verdadeira face.

Temos que ficar atentos ao seu governo no Estado, e se caso for eleito presidente no ano que vem, sua gestão no Planalto. Já vimos que quando se é oposição, eles costumam defender coisas que esquecem quando assumem o governo.

Lula disse, também nessa semana, que não cabe aos jornalistas investigar, fiscalizar, mas sim noticiar. Fiscalizar cabe não só a jornalistas, mas a toda população.

Mantenham os olhos abertos!
 

Comentários dos posts

Esse é um espaço democrático, portanto, é aberto para criticas.

Mas é somente aberto para a critica daqueles que tem coragem de se identificar, assim como eu faço aqui.

Por isso, a partir de hoje, não são mais permitidos comentários de anônimos.

Grande abraço a todos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Palmeiras só depende dele. O Galo também

O que está acontecendo com o Palmeiras? Dos últimos doze pontos disputados a equipe conquistou apenas um, sendo que não vence e não marca gols há três jogos. Se não bastasse isso, o futebol jogado pelo Verdão está péssimo. A situação só não é pior porque no outro lado do muro, no São Paulo, as vitórias também cessaram.

A duas semanas atrás quase todos colocavam somente o Palmeiras e o São Paulo como candidatos ao título. Entretanto, com a pane dos dois, o Atlético/MG - que já era dado como morto ao título -, o Flamengo - que está em uma arrancada fenomenal - e o Inter se aproximaram.

O Galo se aproximou tanto que já depende somente das suas forças para ganhar o seu bi nacional. O verde hoje tem 54 pontos em 31 jogos. Os alvinegros possuem 50 pontos, mas com um jogo a menos. Na próxima rodada enfrentam o Vitória num Mineirão abarrotado por atleticanos fanáticos. Se vencerem chegarão a 53 pontos, ficando a um do líder.

Na penúltima rodada ambos se enfrentam, no Palestra Itália. Se seguirmos nessa toada e se os mineiros venceram, roubarão a liderança palmeirense.

O Atlético/MG ainda enfrenta  o Vitória(C), Fluminense(F), Goiás(F), Flamengo(C), Coritiba(F), Inter(C), Palmeiras(F) e Corinthians(C).

O Palmeiras tem em seu caminho o Goiás(C), Corinthians(Campo Neutro), Fluminense(F), Sport(C), Grêmio(F), Atlético/MG(C) e Botafogo(F)

Vejo o caminho verde mais facilitado que o do alvinegro. Mas nessa análise não levei em conta o futebol jogado por ambos. O do Atlético/MG, por hora, é bem melhor.

Mas, não podemos nos esquecer do Flamengo. Se os rubronegros vencerem o clássico contra o Botafogo, no Engenhão, chegarão aos 51 pontos, a três do líder. Estão embalados, com um Pet jogando muito e acolhidos pela nação que vai lotar o Maraca até o final do ano.

Ainda jogarão contra o Botafogo (F), Barueri(F), Santos(C) Atlético/MG (F), Náutico (F), Goiás (C), Corinthians (F) e Grêmio (C). Eles correm por fora, mas em uma ou duas rodadas podem se tornar candidatos diretos.

Por último não podemos deixar de falar do tri campeão, o São Paulo. Com 49 pontos, a cinco do vizinho Palmeiras, ainda pegarão o Santos(F), Inter(C), Barueri(C), Grêmio(F), Vitória(C), Botafogo(F), Goiás(F), e Sport(C).

Inter e Goiás, no meu modo de ver, não brigam pelo título.

Os prognósticos finais são:

PALMEIRAS 

Com nítida queda de produção e de futebol jogado, terá que se reencontrar dentro de campo, agora sem Cleiton Xavier - que ficará 30 dias fora por lesão. Muricy terá que mostrar porque é o técnico tricampeão brasileiro e que não é o culpado pela queda do time.

ATLÉTICO/MG

É o time que melhor se reforçou na janela do meio do ano e seu futebol vem numa crescente. Conta com um Tardelli inspirado e com jogadores bons e experientes. O fator campo também conta, já que tem uma torcida apaixonada. É a hora de mostrar que ainda é um grande do futebol brasileiro.

FLAMENGO

Quando embala é difícil de parar. Andrade ganhou o grupo, Pet está bem, Adriano é matador e Zé Roberto voltou a jogar. Com o apoio de sua torcida (lembrando que das últimas oito rodadas só jogará três no Maracanã) pode ser que chegue.

SÃO PAULO

O técnico não é mais o mesmo e os jogadores parecem estar desmotivados. Muitos não terão seus contratos renovados, outros queriam sair no meio do ano e isso parece influir dentro de campo. Mas, com três títulos seguidos, alguém ousa duvidar do "time da fé"?


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Joel está fora


Joel Santana não resistiu a pressão e foi demitido, hoje, do comando dos bafana-bafana.

A federação local ainda não se pronunciou sobre o substituto, mas a pemanencia de Jairo Leal, que sempre foi auxiliar técnico do Parreira e que estava trabalhando com Joel, deixa no ar a expectativa sobre uma possível volta do treinador.

Os recentes maus resultados e a implicancia em não convocar o ídolo local, Benni McCarthy, foram os alicerces da queda do Natalino.

Espero que não assuma o Fluminense, para o bem de ambos, mas principalmente do técnico boa praça.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Diário de São Paulo é da Traficc



J. Hawilla, proprietário da Traficc, fechou ontem a compra do Diário de São Paulo, periódico que pertencia ao Grupo Globo.

O jornal nada mais era do que o tradicional Diário Popular, incorporado, remomeado e remodelado pela Globo em meados de 2001.

Embora com um nome forte, as vendas do Diário estavam fracas.

J. Hawilla, além de dono da Traficc - empresa que investe na compra e venda de jogadores de futebol e que tem no Palmeiras o seu maior parceiro -, é dono da TV Tem, forte rede de TV do interior paulista afiliada a Globo, e do grupo Bom Dia de jornais, também no interior de São Paulo.

Sobre a venda, a quem diga que a Globo não tinha mais interesse de manter o Diário pois as vendas eram fracas. Também existem aqueles que defendem a tese de que os cariocas venderam o título do jornal para tentar comprar o Grupo Estado. Tese ousada, não?

Pois é, mas é de conhecimento de (quase) todos que a Globo há muito tempo quer  ter um jornal que atenda as classes A e B paulistanas. Coisa que o Diário de São Paulo de longe não fazia.

O maior problema agora é que, como já foi dito, J. Hawilla é um forte empresário esportivo. Como ficará então a Editoria de Esportes do Jornal? Os repórteres e colunistas vão ter liberdade para criticar o Diego Souza, Pierre, Cleiton Xavier ou o Palmeiras?

Queimei a língua

Quando o sérvio Dejan Petkovic foi contratado pelo Flamengo, no primeiro semestre, eu publiquei a notícia no blog e falei mal da contratação.

Não por achar Pet ruim, pois como havia dito, para os padrões dos jogadores que temos nos clubes brasileiros, ele foi um craque. Mas por achar que não tinha mais condições de atuar de maneira competitiva.

Acontece que Pet está jogando muito. Entrou em forma - algo que não havia conseguido fazer no Goiás, Santos e Atlético-MG - e é o maestro que rege a ascensão do Flamengo no Brasileirão.

Seus passes precisos e sua visão de jogo fazem a diferença numa época que os jogadores de criação correm cada vez mais e pensam pouco. Uma pena não poder usar a dez, que é de Adriano, pois o número dos craques lhe cairia com perfeição.

Justiça seja feita. Queimei a língua.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A máscara de Andres

O tempo está passando e o presidente do Corinthians, Andres Sanches, demonstra cada vez mais a sua verdadeira face.

Eleito prometendo transparência, acabou com a ditadura de Alberto Dualib no clube.

Em seu mandato também foi instaurado um novo estatuto, que não permite mais a reeleição do presidente.

Tudo parecia ser bonito, mas ao mesmo tempo estranho e contraditório. Andres era da laia de Dualib e Nesi Curi, inclusive ocupando cargos importantes na diretoria. Como alguém que fazia parte dessa máfia, e que defendia com unhas e dentes a parceria com a MSI, de uma hora pra outra se tornou o Che Guevara do Parque São Jorge?

Outra dúvida: quando a MSI e o Corinthians firmaram a "parceria", muitos falavam que o alvinegro não teria como romper o contrato, pois para fazer isso teria um grande prejuízo. Como a MSI evaporou no ar assim, sem nada cobrar?

Andres assumiu a presidencia dizendo que havia herdado uma dívida de mais de R$100 milhões da administração passada. Hoje o Corinthians paga R$175 mil de salário para Souza, R$120 mil para Edno e, pasmem, R$150 mil para o Acosta.

De onde será que vem toda essa grana?

Será que a trupe de Kia - amigo pessoal de Andres - ainda lava dinheiro no Corinthians?

É tudo muito estranho.

Pra completar, na última semana Andrés nos brindou com uma celebre frase.

"Eu tenho 45 anos, não fiz curso superior, mas trabalho muito. Por isso, não tem ninguém neste clube que eu respeite mais do que Wadih Helu e Nesi Curi".

Ele disse isso no jantar comemorativo aos 99 anos de Corinthians.

Nesi foi expulso do clube pelo Conselho, juntamente com Alberto Dualib. Wadi Helu, foi um mandatário ditador que presidiu o clube por mais de 11 anos e não ganhou título algum. Foi derrubado pela ainda politizada Gaviões da Fiel, em meados da década de 70.

Só faltou Andres falar que também respeita o Dualib.

A máscara está caindo. O presidente do Timão está mostrando quem na verdade é. Em tempos de Luiz Gonzaga Beluzzo e de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, notável e correto sociólogo que vai tentar desbancar a dinastia Teixeira no Peixe, concorrendo a presidencia santista no final do ano, somos obrigados a ver Andres Sanches dando entrevista bêbado ao programa "Pânico".
Homenagem aos dez anos de Marcelo Teixeira

Do Jornal da Tarde

Dez anos do imperador


Entre "salvador" e "ditador", Marcelo Teixeira está prestes a completar uma década na presidência do Santos. E reluta em sair do trono


por Alex Sabino


Marcelo Pirilo Teixeira, 45 anos, foi criado para ser presidente do Santos. Há quase dez anos no cargo, o clube pode não ser dele de direito. Mas é de fato. "Não é mais Santos Futebol Clube. É só Santos Futebol. Clube não é. É propriedade privada", constata Celso Leite,antigo aliado defenestrado do Conselho Deliberativo por contestar o cartola.

Entre os dirigentes dos grandes clubes do Estado, Teixeira é quem está há mais tempo no poder. Foi eleito em dezembro de 1999 com o compromisso de conquistar títulos e democratizar o Peixe. Por caminhos tortuosos, cumpriu a primeira promessa. Sob sua administração, foi colocado ponto final no jejum de 18 anos sem troféus. Foram dois brasileiros e dois estaduais. Mas fez o inverso no que se refere à democracia. Deu golpe no estatuto que permitiu se perpetuar no cargo. Tirou o limite para reeleições, entre outras medidas.

"Não se trata de continuísmo. Nós sempre gostamos de dizer que é a continuidade de um trabalho", contesta o próprio presidente, sempre que perguntado.

É jogo de palavras que mostra muito de sua personalidade. Afável no trato pessoal, é incapaz de dizer não. Quando rejeita algo, adia a decisão e ganha tempo até que isso não seja mais possível. Para o público externo, adota discurso conciliador. Nos bastidores, é um rolo compressor.

"Quando aparece dissidência ele apela para o consenso. Mas não porque deseja consenso. Marcelo quer saber quem são seus adversários para identificar o elemento mais fraco do grupo. É uma pessoa carismática pessoalmente. Mas essa é uma característica dos ditadores", apela Orlando Rollo, associado que foi à Justiça pedir transparência nas contas do clube.


"Esse clube é dele"


Herdeiro de uma das famílias mais ricas da Baixada Santista, Teixeira nos últimos anos conseguiu se descolar do dinheiro da família. De acordo com pessoas próximas, não se desligou totalmente, mas está menos envolvido com o dia a dia da Universidade Santa Cecília. E conseguiu sua fortuna pessoal.

"Acho que ninguém pode negar ao Marcelo o mérito de ser santista. A paixão pelo time está no sangue da família. Creio que isso acaba sendo também um problema para ele como presidente. É primeiro torcedor, depois dirigente", analisa Francisco Lopes, diretor de futebol entre 2001 e 2005.

Mas é um torcedor que detesta ser contrariado. Certa ou errada, é a sua opinião que prevalece sempre. Talvez por isso todas as pessoas que o criticaram ou (mais grave, para ele) o enfrentaram foram afastadas da vida do clube. "Ele sempre foi assim. Marcelo é meio mimado mesmo porque foi o primeiro filho homem do (ex-presidente) Milton (Teixeira). Aos 18 anos ganhou uma BMW no tempo em que ninguém tinha BMW", revela um amigo da família.

Envolvente, sabe bem se aproveitar do fato de Santos ser uma cidade onde todos se conhecem e se relacionam socialmente. Sua força econômica faz com que muitos o temam. "Ele utiliza a política do terror", ressalta Rollo. Não por acaso, um dos seus mais fiéis escudeiros, Alberto Francisco de Oliveira, o Alemão, ao ouvir críticas ao presidente na porta da Vila há cerca de um ano, começou a berrar: "Você pensa o quê? Esse clube aqui é do Marcelo."


R$ 22 milhões por nada


A reunião aconteceu no final de 2001. Era uma ordem disfarçada de pedido: o dinheiro da família não poderia mais ser colocado no Santos. Não porque os Teixeira não quisessem ajudar o clube. A situação estava insustentável.

No seu primeiro mandato, o presidente eleito com promessa de títulos colocou cerca de R$ 22 milhões no Peixe. Quase toda a fortuna para financiar contratações caras e fracassadas.

"A política do Marcelo sempre foi comprar para ganhar. Mas o Santos só se deu bem quando abriu mão dessa estratégia", declara Paulo Maeda, ex-diretor das categorias de base.

Quando assumiu, o presidente recém-eleito negociou parceria com o grupo mexicano Octagon. O intermediário foi Fernando Silva, candidato derrotado pelo próprio Teixeira na eleição seguinte, em 2001. E um dos seus mais ferrenhos opositores. "Negociar com ele foi muito difícil porque cada hora colocava um empecilho. O Santos precisava da parceria, mas parecia que o Marcelo não queria. Foi inexplicável", relembra Silva.

O contrato não foi fechado. O time necessitava de reforços e o presidente, dar satisfação aos torcedores. Essa foi uma característica de seu período no poder. Todas as vezes em que teve de optar entre uma aquisição útil para o elenco ou outra de impacto, escolheu a segunda opção.

"Era preciso fazer alguma coisa. Quando assumimos o elenco tinha poucos jogadores e não de qualidade para honrar a camisa do Santos", disse Teixeira.

Eram 13, para ser mais exatos. O cartola meteu a mão no bolso e foi às compras. Nos primeiros dois anos, o clube contratou alguns dos atletas mais caros do País. Rincón, Carlos Germano, Fábio Costa, Galván, Márcio Santos, Robert, Valdo, Valdir, Edmundo e Marcelinho Carioca e Cléber. Entre outros.


Apesar dos empréstimos, os títulos não chegaram.


No segundo semestre de 2000, a realidade já batia à porta. Contas de luz tiveram de ser pagas às pressas para que a energia da Vila Belmiro não fosse cortada. O Santos atrasava salários e, quando pagava, os cheques não tinham fundos ou eram sustados. O caminho de 10 jogadores foi entrar na Justiça contra o clube. Faltava até sensibilidade com os dramas alheios. Narciso, então se recuperando de transplante de medula, ouviu como justificativa para o não pagamento de seus salários que a 'prioridade era de quem estava jogando.'

"Fui para o Santos porque pensei que era um clube sério", disse o zagueiro Galván. O reinado de Teixeira por pouco não acaba antes de começar.

Eles salvaram o Peixe

Quando parecia que o clube estava no fundo do poço, veio a redenção

O ano era 2005 e a decisão estava tomada: por consenso entre Marcelo Teixeira e a totalidade do Conselho Deliberativo, Robinho não seria vendido. Para selar a aliança, o presidente pediu que todos dessem as mãos e rezassem um Pai Nosso e uma Ave Maria. As orações foram feitas em coro de mais de 300 vozes. Teve conselheiro que chorou.

Uma semana depois, o Santos vendeu Robinho para o Real Madrid por US$ 30 milhões (R$ 53 milhões, em valores atuais).

Era o final do sonho. Justamente quando abriu mão da política de contratações caras, o Peixe chegou aos títulos. Mas não fez isso por opção. Apenas não havia outro caminho. "Não deixa de ser irônico. Marcelo só se socorreu da base quando não teve jeito. Foi aí que ganhou", declara Paulo Maeda, o esquecido responsável pela formação do time campeão brasileiro de 2002.

Não havia dinheiro nem para o treinador. A contratação de Emerson Leão foi intermediada pelo ex-presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah. Em contraste com os R$ 500 mil que em 2006 pagaria a Luxemburgo, o Santos levou o técnico por R$ 45 mil mensais.

Comparado com o elenco atual, que tem dificuldade para chegar perto da zona de Libertadores, a equipe de 2002 foi formada quase de graça. Na semana da decisão contra o Corinthians, Robinho teve o salário reajustado para R$ 3,5 mil. Diego ganhava R$ 7 mil. Alex, R$ 5 mil, mesmo salário do capitão Paulo Almeida. Somado, o valor não chega perto dos R$ 90 mil recebidos hoje por Neymar.


Elano


O que poucos sabem é que aquele time quase não saiu do papel. Robinho esteve perto de ser levado para o São Paulo. Só não deixou o clube pela intervenção de última hora de Zito, assessor da presidência.

"E ainda teve o episódio do Elano. Ele quase foi devolvido para o Guarani", revela um diretor que ainda está no clube.

O meia, hoje no Galatasaray, da Turquia, brigou para deixar o Bugre, que o queria de volta. Teixeira chamou Maeda e ordenou que o Peixe entregasse o garoto para o clube de Campinas.

"Perfeitamente. O senhor faça uma carta e assine, por favor."

"Não. Assine você", desconversou Teixeira.

"Não, presidente. Amanhã esse menino vai jogar na Seleção e o senhor não vai assumir que o dispensou", rebateu Maeda.

O cartola voltou atrás na decisão e Elano ficou.

O título de 2002 foi a redenção de Teixeira. Mas seus assessores mais diretos notaram mudança em seu comportamento. Se antes era centralizador, mas condescendente, o cartola passou a não ouvir mais ninguém. (A.S)


A conta que não fecha


"Gastos gerais", artimanhas contábeis e tropa de choque nos balanços do Santos

"O dinheiro de Robinho." A frase já foi dita muitas vezes na Vila. Refere-se não só aos milhões arrecadados com a venda do atacante, mas também de toda a geração revelada em 2002. Invariavelmente, é acompanhada da preocupação com a situação financeira atual do Peixe.

Seus opositores dizem que os números do Santos são um buraco negro. Teixeira garante não haver motivo para preocupação. Mas é verdade que, a cada eleição, ele não mede esforços não apenas para permanecer no cargo, mas para colocar um nome de confiança na presidência do Conselho Deliberativo. Assim como em postos chaves da comissão fiscal, que deveria fiscalizar as contas da diretoria.

Em 2005, o cartola fez de tudo para impedir que Odílio Rodrigues Filho, secretário municipal de saúde, derrotasse seu candidato, Florival Amado Barletta. Até telefonou para o prefeito da cidade, João Paulo Tavares Papa, pedindo intervenção.

A preocupação é porque os balanços do Santos costumam apresentar dados que são de difícil explicação. Como no ano passado, quando mostrou R$ 8 milhões na rubrica 'gastos gerais'.

"O que são gastos gerais? Ninguém consegue responder isso", pergunta o associado Fabio Viana, que se especializou em vasculhar os números do clube.

A geração Diego e Robinho rendeu cerca de R$ 155 milhões para os cofres alvinegros. "O Santos não é banco para dar lucro. Investimos no CT e reformamos a Vila", irrita-se o presidente, quando confrontado.

Mas a conta não bate. De acordo com os balanços, desde 2001 foram colocados R$ 16 milhões nas categorias de base e no patrimônio do clube. O presidente não admite que o gasto excessivo com o futebol seja justificativa. Mas apenas entre 2006 e 2008 os departamentos de esportes, especialmente o futebol, consumiram R$ 204 milhões.

A constatação frustra os que achavam que a fortuna arrecadada seria a redenção financeira. Entre os quais se inclui o próprio Teixeira. Após a negociação de Robinho com o Real, ele disse que a grana asseguraria estabilidade para o Santos por "muito tempo". No ano passado, o déficit foi de R$ 24 milhões. E o valor só foi esse porque o presidente pediu R$ 10 milhões de adiantamento das cotas de televisão.


Tropa de choque


Na hora de votar o balanço no Conselho, Teixeira coloca em campo a tropa de choque. Quem pede a palavra para questionar o cartola é recebido com vaias. O objetivo é intimidar.

Suas contas sempre foram aprovadas. Mesmo as de 2001, aceitas com ressalvas porque o clube lançou mão de expediente ilegal segundo o Conselho Federal de Contabilidade. Usou o valor de multas rescisórias de atletas como ativo. "O Santos inflou o balanço em mais de R$ 200 milhões", denuncia Viana.

O próprio Peixe reconheceu o erro e vem corrigindo contabilmente ano a ano. Nos tempos de bonança, retificava R$ 40 milhões. Desde 2007, são apenas R$ 2 milhões.

O Conselho Deliberativo nunca levou em consideração nem erros crassos. Como a dívida de R$ 455.175 com a Conmebol nas contas de 2005. O conselheiro Orlando Rollo apresentou documento da entidade provando que o Peixe não devia nada e que os números do clube estavam errados. Resultado: três votos contra e mais de 300 a favor da aprovação do balanço.




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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Júlio César no Timão

Benjamin Back já havia postado no seu blog e agora foi a vez do Globoesporte.Com. Júlio César, destaque como lateral esquerdo do Goiás, interessa ao Corinthians.

O jogador pertence ao Cruzeiro e está emprestado aos esmeraldinos. A diretoria alvinegra já entrou em contato com os celestes, que estão dispostos a negocia-lo.

Se der certo, parece ser um grande reforço. Digo que parece, pois ele ainda não se destacou por um grande clube.

O atleta tem 26 anos e teve passagens, além de Gioás e Cruzeiro, pelo Bangu, América/RN, Flamengo, Marília e Náutico.

Tite deve cair hoje

* Atualizado às 17:40 do dia 05/10/09

O Inter perdeu para o Coxa ontem, em Curitiba, por dois tentos a zero. Tite deve ser demitido hoje a tarde.

A diretoria dos gaúchos pretende contratar um treinador que tope ficar só até o final do ano. Um dos preferidos é Paulo Cesar Carpegiani.

Isso quer dizer que Vanderlei Luxemburgo faz mesmo parte dos planos Colorados para o ano que vem.

MARIO SERGIO É O ESCOLHIDO

O Inter surpreendeu e trouxe Mario Sergio. O contrato do treinador vai só até o final do ano.

Se o objetivo é um técnico que faça o time render a curto prazo, a escolha foi acertada.

Os times de Mario custumam jogar muito no inicio dos seus trabalhos. No inicio. E só.

Problemas de relacionamento e a sua inteligência fora do comum para os boleiros atrapalham o continuismo do seu trabalho.

LUXA RECEBEU CONVITE

Como foi anunciado nesse blog, Luxemburgo de fato foi sondado pela diretoria do Inter.

O treinador afirmou isso hoje pela manhã, agradecendo o convite e dizendo que ao final do seu contrato - em dezembro desse ano - está aberto para negociações.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Luxa pode assumir o Inter

Recebi a informação de que Vanderley Luxenburgo, treinador do Santos, recebeu uma proposta do Internacional. A intenção da diretoria Colorada é de que Luxa assuma o comando da equipe a partir do ano que vem.

VL tem contrato com o Peixe até dezembro desse ano, assim como Tite, atual treinador do clube do sul.

Reféns do plim-plim

O jornalista Paulo Calçade revelou no seu blog, no início dessa semana (para ler clique aqui), que a Globo Esporte - braço esportivo da Rede Globo - enviou para os clubes uma proposta de mudança no sistema de disputa do Brasileirão.

A proposta prega o fim dos pontos corridos e pede a volta do antigo mata-mata. A diferença é que, ao invés de 8 classificados para a fase final, agora se classificariam somente os 4 primeiros, que disputariam as semis finais já garantidos na Libertadores.

Quando li o texto de Calçade fiquei meio perdido. Acompanhem o meu raciocinio: o Campeonato Brasileiro é organizado pela CBF, que é a Confederação a qual todos os times do futebol brasileiro são filiados. A Rede Globo é uma mega empresa de comunicação, que para ter mais audiência, e consequentemente mais dinheiro de patrocinadores, compra os direitos de transmissão dos campeonato organizados pela CBF. Uma parte do dinheiro da compra dos direitos de transmissão vai para o organizador, ou seja, vai para os cofres da CBF. Outra parte, que é bem salgada, vai direto para os clubes, que sedem a sua imagem.

Portanto, a Globo é cliente do futebol, pois ele gera lucros a emissora. Ou seja, a emissora da família Marinho depende do futebol, certo?

Mais ou menos.

Se os clubes fossem bem geridos e não dependessem tanto da grana da Globo, aí sim eu estaria certo. O mesmo acontece com a CBF, que também é refém dessa situação.

A Globo precisa, sim, do futebol para obter grande parte do seu lucro. Mas os clubes e a CBF dependem muito mais da grana global para sobreviver.

É por esse motivo que uma empresa de comunicação - que deveria pensar em maneiras de se comunicar melhor, de melhorar a qualidade do seu serviço, de fiscalizar os atos politicos - tem a ousadia de tentar interferir no modo de disputa de um campeonato de futebol.

Os valores são totalmente invertidos.

Em tempos de uma discussão favorável a adequação do nosso calendário ao europeu, que diminuiria o êxodo de jogadores no meio da temporada, temos um dos maiores passos do nosso futebol nos últimos tempos - que foi a disputa da nossa liga em pontos corridos - ameaçado pela volta do arcaico mata-mata, que não dá o título ao time que melhor se preparou para a temporada.

Definitivamente, o retorno do mata-mata seria um grande passo para trás.

O CERCO SE AFUNILA

Já incomodado com a situação citada, acompanhei os informativos esportivos pela Globo e pelo Sportv, que pertence a Globosat. E desde a quarta feira, notei que eles mudaram o estilo de filmagem.

Agora, durante as coletivas, a imagem fica afastada, deixando o entrevistado bem distante. Vocês repararam? Se não perceberam, prestem atenção, pois isso tem um objetivo.

Os clubes colocam painéis com os logos dos seus patrocinadores atrás dos entrevistados. Antes, para tentar não divulgar os patrocinadores dos clubes, a referida emissora passou a fechar a imagem das entrevistas, onde ficava quase impossível ver os patrocinadores dos times.

Vendo isso, os clubes diminuiram os logos dos patrocinios e também passaram a estampalos nos microfones da bancada de coletiva.

E foi por isso que a Globo passou a abrir a imagem, deixando os entrevistados bem longe - ao ponto de não conseguirmos notar as expressões dos mesmos - e, consequantemente, as pequenas marcas dos patrocinios impossíveis de serem decifradas.

Não é estranho que a Globo, na semana que enviou essa proposta maluca para os clubes, tenha tomado a atitude de mudar o ângulo de filmagens para não divulgar outro grande mantenedor dos clubes, que são os patrocinios?

Ficou clara, mais uma vez, a tentativa de tornar os clubes cada vez mais reféns de um único poder. O da Globo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Náutico 1 X 2 São Paulo - Será mesmo o Jason?



Há algumas rodadas atrás o São Paulo vivia o frisson da busca pelo seu quarto título brasileiro seguido. O time tinha embalado e vinha firme e confiante em uma perseguição acirrada ao líder Palmeiras.

Porém, os empates frente ao Santo André e ao Corinthians esfriaram os ânimos no Morumbi. Os ânimos estavam tão frios, que os primeiros 30 minutos tricolores na difícil partida contra o Náutico foram apáticos, mesmo com o penal defendido por Bosco no início.

A expulsão de Richarlyson, aos 28 minutos da segunda etapa, com o São Paulo em plena reação, empatando o jogo em 1 a 1, parecia sepultar de vez o tetra tricolor. Com o empate nos Aflitos e com uma possível vitória do Palmeiras sobre o Santos, no domingo, seriam sete pontos de distância entre os dois.

Mas a equipe de Ricardo Gomes, num ato de heroísmo, com dois e depois um a menos, com a expulsão de Cláudio Luiz, do Timbú, jogou a vida e foi com tudo para cima dos donos da casa. Numa atuaçãoperfeita de Hernanes, que saiu de campo com a cabeça sangrando, os tricolores minimizaram a ausência dos seus expulsos com muita vontade.

Os pernambucanos até ameaçavam nos contra-ataques, mas o jogo se desenhava mesmo como uma virada daquelas dos paulistas. E foi o que aconteceu! Depois de desperdiçar algumas boas chances, Hugo, as 44, acertou um chutaço no ângulo e mais uma vez ressuscitou o "time da fé".

O São Paulo está na briga!

O Náutico? Esse corre sério risco de rebaixamento e está se caracterizando por perder partidas épicas e impossíveis de serem perdidas diante de sua torcida.