quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Boa, Dilma


A Fifa e a CBF estão incomodadas com a postura da presidente Dilma Rousseff perante a realização da Copa do Mundo em 2014.

Em busca de verem seus anseios atendidos, já jogam verde e até ameaçam tirar a competição do País.

A maior preocupação dos poderosos cartolas é o texto do projeto da Lei Geral da Copa, que já está no Congresso. Com cerca de doze páginas, ele limita o poder da entidade máxima do futebol.

Um dos pontos que mais incomodam Joseph Blatter, presidente da Fifa, e seus pares é a revogação do direto a meia-entrada para idosos e a cessão de imagens às tevês brasileiras.

Mas o governo também cedeu: a Fifa terá liberdade para definir o valor dos ingressos para as partidas, por exemplo, e tem garantia governamental  de que as áreas dos estádios serão completamente restritas para a comercialização de produtos das marcas indicadas pela entidade. O projeto também é contrário a alguns artigos do Estatuto do Torcedor, como a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas arenas.

Para discutir essas questões, os dirigentes estavam ávidos por um encontro com Dilma e, ao que parece, terão. Mas, em mais uma atitude brilhante da presidente (não votei nela), tal encontro acontecerá com restrições, como bem apurou Ricardo Perrone, do Uol.

Veja o texto abaixo, publicado em seu blog.

Dilma decide receber Fifa em Brasília, mas Blatter e Teixeira ficam fora

Enfim, Dilma Rousseff atendeu a um pedido de audiência feito pela Fifa. A presidente encarregou o ministro Orlando Silva Júnior de entrar em contato com a entidade e marcar a data do encontro em Brasília.

Ficou acertado que apenas Jerome Walcke, secretário-geral da federação internacional, será recebido. Como é um evento formal, ele não poderá levar Ricardo Teixeira ou Joseph Blatter. Walcke é o executivo que toca a Copa pelo lado da Fifa. Por isso, no Governo é considerado natural que só ele seja recebido por Dilma. Porém, ela já deu vários sinais de que não quer se aproximar do presidente da CBF.

A escolha do ministro do Esporte como intermediário do encontro é um recado claro a Ricardo Teixeira e à Fifa. Orlando é o interlocutor oficial da presidência para questões envolvendo a federação internacional e o COL. Aproximar-se de Lula ou Henrique Meirelles, convidado para integrar o Comitê Organizador Local, não funciona como atalho.

Se for cobrada sobre atrasos na preparação para a Copa do Mundo, Dilma deverá dizer que as coisas estão andando. Como exemplo, deve alegar que o BNDES está financiando obras de estádios e que as questões de mobilidade urbana também estão sendo tocadas.

Sobre as mudanças pedidas pela Fifa na Lei Geral da Copa, a presidente deve manter o discurso de que o Governo já cedeu bastante e que ela cumpriu as promessas de Lula. Ir um centímetro além seria ferir a legislação brasileira.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

2011, o ano do Vasco

Pense no Vasco no início do ano. O que se via? Um grande clube do futebol brasileiro que parecia parado no tempo, livre da ferrenha ditadura de Eurico Miranda, mas distante de qualquer possibilidade de repetir as glórias do passado.

O Vasco não ganhava um título havia oito anos. O último foi o Campeonato Carioca de 2003. Conquistas relevantes estavam mais distantes ainda: o Brasileiro e a Mercosul de 2000, a útima com direito a uma virada homérica em cima do Palmeiras em pleno Palestra Itália.

Mais do que isso, o Gigante da Colina foi rebaixado em 2008.

Dirigido por Dorival Junior, foi "campeão" da Série B em 2009, mas em 2010 fez campanha sem graça no Brasileirão.

Eis que chega 2011 e o panorama parecia desesperador. A equipe teve seu pior início de temporada da história, com derrotas para o Resende, Nova Iguaçu e Boa Vista.

PC Gusmão, contratado em 2010 para afastar qualquer chance de novo rebaixamento, foi demitido.

Para o seu lugar o eterno ídolo e presidente desde 2008, Roberto Dinamite, trouxe o boa praça, mas então contestado como técnico, Ricardo Gomes.

Penso que nem o mais fanático torcedor do clube da Colina imaginava, mas ali começava a mudança da maré vascaína.

O Vasco não foi campeão Carioca, foi além. Venceu um título de amplitude federal: a Copa do Brasil, que garantiu vaga na Libertadores de 2012.

No Brasileiro, embora todos imaginassem um certo marasmo, por ter vaga garantida na Libertadores, a equipe não titubeou e se manteve na briga.

Para a surpresa de muitos, embora tenha perdido (ainda não se sabe se definitivamente) o seu grande líder Ricardo Gomes, o Vasco hoje, na 26ª rodada do Brasileiro, é o líder da competição.

O torcedor ainda tem como bônus o prazer de ver um dos maiores heróis da conquista da Libertadores de 1998, Juninho Pernambucano, liderando a meia cancha vascaína. Sem contar Diego Souza, que vive uma nova boa fase e está dando show dentro de campo.

Não sei se o Gigante da Colina será o campeão deste que é o Campeonato Brasileiro mais disputado dos últimos anos.

Mas independente disso e por tudo o que citei aqui, com certeza, 2011 é o ano do Vasco.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A velha canhota de Dieguito

Maradona assumiu o Al Wasl, time dos Emirados Árabes, este ano e já começou a aprontar das suas.

O ex-jogador correu até o alambrado para tirar foto ao lado de uma faixa enquanto era aplaudido pela torcida.

Enquanto fazia pose, uma insistente mão levantava a faixa e atrapalhava o executar da foto. Vejam só qual foi a "genial" solução arranjada por Dieguito.

A CBF é o antônimo de uma confederação



O que são as federações ou confederações? Segundo o dicionário Aurélio, federação é a reunião de grupos profissionais, esportivos, religiosos, ou outros de caráter definido, para defender e promover objetivos comuns. Já confederação, de acordo com o mesmo dicionário, é o agrupamento de associações, federações profissionais, sindicais, esportivas, etc., para a defesa de interesses comuns.

Pois bem. Ontem, Mano Menezes divulgou as convocações para os amistosos contra a Argentina (só chamou jogadores que atuam no País), México e Costa Rica. No jogo contra a Argentina, não haverá rodada. Ótimo. Contra México e Costa Rica, nos dias 7 e 11 de outubro, respectivamente, haverá.

Sendo assim, o Fla-Flu do dia 9 não terá nada menos que Ronaldinho e Fred, as duas maiores estrelas dos rivais históricos que brigam, no mínimo, por vaga na Libertadores. Os dois também não atuam contra Palmeiras (Ronaldinho) e Coritiba (Fred).

O Botafogo, que busca o título, não terá Jefferson contra o Bahia e no duelo com o concorrente direto Corinthians. Assim como o Vasco, que ficará sem Dedé nos embates frente ao Internacional — que não terá Oscar neste jogo e no frente ao São Paulo — e Atlético Paranaense.

E tem mais: o tricolor paulista fica sem Lucas para os jogos contra o Cruzeiro e o Inter; o Santos não terá Neymar no clássico com o Palmeiras e no confronto com o Atlético Mineiro, o qual não terá Réver neste jogo e no clássico local com o América (ambos brigam para não cair).

Vale lembrar que este é o campeonato mais disputado dos últimos anos e, com certeza, será decidido nos detalhes.

Agora eu faço outra pergunta: se as federações e confederações servem para defender e promover objetivos comuns, o que faz a CBF? Desvaloriza o próprio campeonato e amputa os seus associados roubando deles atletas importantes em troca de amistosos comerciais que não valem absolutamente nada?

E os clubes? Se sujeitam mudamente a esse assalto? Em troca de quê? Por que eles são associados de uma entidade que enriquece cada vez mais enquanto as agremiações acumulam dívidas?

Faço tantas perguntas porque não sei as respostas. Mas suponho. E isso é papo para outro post.

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

Já tem gente dizendo que Mano Menezes favoreceu o Corinthians ao convocar jogadores dos seis primeiros colocados do certame, exceto do alvinegro paulista. Até acho que Ralf merecia ser chamado e não sei porque não foi.

Mas vale uma lembrança: o mesmo Mano Menezes convocou Jucilei e Elias para um amistoso que aconteceu na semana da partida contra o Vitória, na reta final do Brasileiro de 2010. Os jogadores voltaram cansados, jogaram debaixo do sol escaldante soteropolitano e o Corinthians apenas empatou, perdendo ali a liderança que jamais conseguiu recuperar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre o desencontro de informações no caso Neymar

Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, Juca Kfouri escreveu um ótimo texto que retrata bem a situação dos jornalistas em casos como o da negociação de Neymar. Vale à pena ler.

JORNALISTA SOFRE
Por JUCA KFOURI
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De quando a notícia certa está errada apesar de bem apurada em seus mínimos detalhes

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NEYMAR NEGA que esteja negociado com o Real Madrid. Nega como negou que estivesse negociado com o Chelsea e com o Barcelona.

Ele nega, o Santos nega, o Real Madrid disfarça, o Barcelona se decepciona, e o Chelsea até hoje está incrédulo, perplexo.

Quem está certo, quem está errado, quem mente, quem fala a verdade?

É possível que todos estejam certos, errados, mentindo e falando a verdade. Meia verdade.

E longe daqui uma postura corporativista nestes tempos de espetacularização da notícia e de desenfreada busca de audiência popularesca na base do chute para todos os lados.

Apenas conto um episódio que vivi, em agosto de 1980, numa semana que nasceu sob encontros e desencontros na negociação da renovação do contrato de Sócrates (cuja saúde melhora, felizmente) com o Corinthians. Eu dirigia a “Placar”, e ele desaparecera na sexta-feira.

No domingo à noite, no fechamento da revista semanal, consigo o telefone de onde ele estava no sítio de um amigo e pergunto a quantas andam as negociações, para publicar na edição que chegaria na terça-feira às bancas.

E ele foi definitivo: “No Corinthians não jogo mais. Para o Matheus aprender a ser menos ditador”.

Insisto com ele, explico que estou fechando a edição, que tal declaração mudaria tudo, o editorial da revista inclusive. E ele reitera que a decisão estava tomada e que só seria comunicada na terça-feira, quando voltaria para São Paulo.

A notícia, exclusiva, que furava a imprensa diária, foi para o editorial, onde escrevi que Vicente Matheus, então presidente corintiano, tinha, enfim, encontrado alguém com mais personalidade do que ele etc. e tal.

Na segunda-feira, folga geral na “Placar”, recebo em casa a revista no meio da tarde e, ao vê-lo impresso, fico ainda mais orgulhoso do furo.

E saio ao entardecer para buscar meus filhos na escola, ouvindo a programação esportiva da rádio Globo, de Osmar Santos. Que anuncia a entrada de um repórter da frente da casa de Vicente Matheus, onde Sócrates se encontrava desde a hora do almoço.

E, para minha surpresa, terror profissional e alegria de torcedor, Sócrates e Matheus anunciavam que tinham chegado a um acordo.

“Placar” já estava nos caminhões e aviões sendo distribuída pelo país afora. O furo virara barriga. Culpado, eu?

Resultado ruim para o São Paulo e lucrativo para o Corinthians

No 0 a 0 do Majestoso faltou vontade ao São Paulo. Contra um Corinthians em crise técnica e de relacionamento, dentro do Morumbi, o Tricolor não podia ter deixado a oportunidade passar.

Motivos para motivar o elenco são-paulino não faltavam. Além de sua torcida ser maioria no estádio, o São Paulo poderia se consolidar como concorrente ao título, se distanciar do maior rival o afundando na crise e vingar os 5 a 0 sofridos no primeiro turno da competição, no Pacaembu.

No entanto, a equipe comandada por Adilson Batista não soube traduzir em vitória todos os fatores que teve a seu favor. Além de sangue nos olhos, faltou um homem de área.

Quanto ao Corinthians, a intenção era clara: fazer uma partida segura e, se alguma chance aparecer, fazer o gol. A oportunidade apareceu duas vezes. Uma com Emerson, que errou o cabeceio na risca da pequena área, e outra em contra-ataque puxado por ele e desperdiçado por Willian.

Nessa hora, quase se repetiu o que aconteceu contra o Palmeiras, pelo Paulista. Após ser eliminado pelo Tolima na Pré-Libertadores e sofrer com a revolta dos torcedores, o Corinthians cheio de desfalques venceu o seu rival histórico por 1 a 0, com um gol nos instantes finais marcado por Alessandro.

MIMADOS

No clássico chocho, chamou a atenção a mesquinhez de alguns atletas.

Um deles foi Cícero, que ao ser substituído por Rivaldo — jogador que já foi eleito o melhor do mundo, diga-se de passagem —, fechou a cara e evitou cumprimentar Adilson Batista.

O bicudo do Corinthians foi Jorge Henrique, que fez cara de poucos amigos quando foi chamado por Tite para entrar nos minutos finais do jogo.

Será resquício do afastamento do seu amigo Chicão? Os dois são bem próximos. Ao marcar um gol de pênalti contra o Grêmio, o então capitão correu para abraçar Jorge Henrique, barrado pelo treinador. Chicão também revelou sua afinidade com o polivalente atacante em entrevista dada ao Globoesporte.com, na quarta-feira.   

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Chicão está destruindo tudo o que construiu


Ia deixar para falar sobre o clássico entre São Paulo e Corinthians amanhã, mas devido à notícia de que Chicão pediu para não ser relacionado para o jogo e foi prontamente atendido pela comissão técnica, vale algumas observações:

  1. Qualquer profissional, independente de sua ocupação, pode passar por uma má fase. Com Chicão não é diferente;
  2. Não foi só o Chicão que caiu de produção nas últimas rodadas. Foi praticamente a equipe toda;
  3. Não acho que Tite, ao por Chicão no banco, tenha obedecido ordens ou queira queimar o jogador. Mas com certeza a opinião pública contrária ao zagueiro neste momento pesou em sua decisão;
  4. O maior problema é não saber lidar com as cobranças. Como capitão, mesmo no banco de reservas, Chicão deveria estar ao lado do grupo que fará, devido a tudo o que está acontecendo, a sua partida mais difícil e importante no Campeonato Brasileiro de 2011;
  5. Chicão é praticamente um ídolo da torcida corinthiana, mas está conseguindo destruir tudo o que construiu no clube. O seu pedido de dispensa para o jogo de hoje a noite ainda vai dar o que falar;
  6. Se eu tivesse que apostar tudo o que tenho em um vencedor no clássico de hoje, apostaria no São Paulo. Se eu perdesse, ao menos seria um pobre feliz.
Vale ressaltar que, segundo a nota oficial publicada no site do Corinthians, Chicão pediu para ser cortado da partida para que pudesse treinar e, assim, recuperar a sua melhor condição. Versão embasada pelo próprio atleta em uma entrevista rápida que deu ao Lance!, hoje.

A eterna crise alviverde


A situação do Palmeiras é complicada e curiosa, tanto dentro como fora de campo.

Dois amigos meus, palestrinos, me mandaram emails que demonstram bem a fase da equipe dentro das quatro linhas.

“O time tem a defesa menos vazada do campeonato; ao lado de Vasco e Flamengo, é a equipe com o menor número de derrotas entre todas que disputam o Brasileirão; em compensação, é o time que mais empata entre os 20 participantes, 11 vezes....coisas que só o Palmeiras proporciona aos adversários”, disse um. O outro, copiado no email, completou: “E o time que, dos grandes paulistas, teve melhor desempenho nos clássicos: goleou o Santos, venceu o Corinthians e empatou com o São Paulo. Vai entender!”

Obviamente, os dois se referiam ao fato de o Palmeiras, mesmo com números bons, ocupar apenas a 8ª colocação no Brasileirão, com 35 pontos, dez a menos que o líder Vasco.

“O time é limitado e, se não fosse o Felipão, a situação seria muito pior”. Certa ou errada, essa é a frase mais usada para definir o Palmeiras hoje.

Não vejo a equipe com elenco para ser campeã. Briga pela Libertadores, e olhe lá. Mas isso, na minha modesta opinião, não é o que mais deve preocupar um palmeirense. Sei que títulos são importantes, são eles que mantém o sentimento vivo na maioria dos torcedores, mas a questão vai muito além.

Não enxergo hoje no clube uma perspectiva de um futuro organizado. O extracampo palmeirense é cada vez mais atordoado, cheio de fofocas, brigas políticas, sede de poder.

Existe oposição dentro da posição. E o pior: oposição até mais ferrenha que a própria oposição (deu para entender?).

Para se ter idéia, o presidente Arnaldo Tirone fez oposição a Luiz Gonzaga Belluzzo, mas nas últimas eleições foi apoiado por Salvador Hugo Palaia, que fazia parte da gestão Belluzzo. Ainda sobre o Tirone, alguns diziam que ele era laranja de Mustafá Contursi e que o ex-presidente, que o apoiou nas últimas eleições, é que de fato iria mandar no clube. Mas Mustafá rompeu com Tirone.

Sem contar a briga no departamento de futebol. O vice-presidente Roberto Frizzo, que comanda o setor, não se dá bem com Felipão, pelo contrário. A troca de farpas é nítida. Enquanto Frizzo tenta minar o treinador que liderou o clube em sua conquista mais importante — a Libertadores de 1999 — nos bastidores, Felipão rebate por meio da imprensa.

Em meio a tudo isso, ficam os jogadores, muitos deles desinteressados em ajudar dentro de campo.

Felipão só não saiu do Palmeiras porque deve gostar muito do clube. E também porque gosta de guerra e não quer dar ao Frizzo um gosto de vitória na queda de braço que travam. Tem gente que defende a tese de que ele também não saiu por causa da alta multa rescisória de seu contrato.

Agora, partindo do pressuposto de que todos que estão no Palmeiras estão lá porque gostam do clube, porque são palmeirenses, não seria mais fácil se unirem, passarem por cima dos seus interesses e colocarem o clube de volta aos trilhos?

Porque, sem querer bancar o profeta do apocalipse, se um ponto final não for colocado, essa briga política não terá fim e o torcedor palmeirense, que não tem nada a ver com isso, vai continuar sofrendo.

Marcelinho Machado aceitaria ida dos jogadores da NBA para as Olimpíadas

No Juca Entrevista desta semana, programa exibido nos canais ESPN, Juca Kfouri bateu um ótimo papo com o ala/armador Marcelinho Machado, do Flamengo e da seleção brasileira de basquete.

O experiente jogador, integrante do grupo que após dezesseis anos conquistou a vaga olímpica no Copa América de Basquete Masculino disputada em Mar del Plata-ARG, disse que a seleção é para os melhores e deixou claro que, para ele, Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão são muito bem vindos no time.

O atleta também falou sobre a importância do jogo coletivo do Brasil, elogiou o técnico Ruben Magnano e revelou curiosidades do trabalho feito no período de preparação e durante a disputa da vaga olímpica.

Assista a uma parte da entrevista clicando no vídeo abaixo. Uma outra parte você pode conferir aqui. A íntegra do programa, que tem cerca de uma hora de duração, ainda não foi disponibilizada ou republicada na internet.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tite precisa renascer mais uma vez. Falta de opções e estatística o mantém no cargo

Andrés Sanchez banca a permanência de Tite até o termino do seu mandato, em dezembro deste ano. Sua posição vai contra o que pensa boa parte de seus conselheiros mais próximos e, agora, a torcida, que hostilizou o treinador durante a derrota para o Santos (estou levando em conta a vaia dos torcedores que estiveram no jogo e protestaram das arquibancadas. Não o “protesto” de alguns que tentaram invadir o vestiário, após a partida. Isso é coisa de gente, no mínimo, ignorante).

Não penso que Tite possa ser considerado um treinador top de linha. É mediano. Mas se há algo que marca a sua segunda passagem pelo clube, é o poder de reação apresentado em meio às crises. Ele teve um ótimo início, tentando recuperar um título perdido pelas loucuras táticas de Adilson Batista e pela apatia de alguns atletas. O gaúcho de Caxias do Sul não conseguiu o caneco, mas terminou o ano invicto.

Em 2011, viu sua equipe passar vergonha ao ser eliminada pelo colombiano Tolima, na Pré-Libertadores. Também perdeu jogadores importantes, como Ronaldo, Roberto Carlos e Jucilei. Mesmo assim, conseguiu recuperar o grupo e o levou até a final do Campeonato Paulista.

Com a perda do título para o Santos, foi reaberta a temporada de criticas ao treinador. Mas ele mais uma vez rebateu com estilo e fez o Corinthians atingir mais de 90% de aproveitamento no início do Brasileiro.

Agora, com a queda vertiginosa e a derrota para o Santos, Tite está de novo na berlinda. Cabe a ele aproveitar a sequência de jogos importantes, a começar pelo clássico contra o São Paulo, para responder mais uma vez aos seus críticos. Senão, mesmo que não seja demitido após uma eventual derrota para o Tricolor (devido à rivalidade),  Tite não deve aguentar a pressão.

AUSÊNCIA DE NOMES E ESTATÍSTICA


Além de simpatizar com o treinador e achar que a culpa pelo recente fracasso corinthiano (sim, aqui no blog eu escrevo “corintiano” com “h”) é dos atletas, o que faz Andrés segurar Tite no cargo é a ausência de um grande treinador disponível no mercado.

As estatísticas também devem fazer o presidente alvinegro apostar na manutenção do técnico. De acordo com o blog do PVC, em quarenta Campeonatos Brasileiros, 29 vezes o campeão teve o mesmo técnico do início ao fim da campanha.

Por curiosidade, o Corinthians já nadou contra esta estatística. Em 2005, quando se sagrou penta campeão nacional, o clube teve três comandantes durante a competição: Daniel Passarela, Márcio Bittencourt e Antônio Lopes.