segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tite precisa renascer mais uma vez. Falta de opções e estatística o mantém no cargo

Andrés Sanchez banca a permanência de Tite até o termino do seu mandato, em dezembro deste ano. Sua posição vai contra o que pensa boa parte de seus conselheiros mais próximos e, agora, a torcida, que hostilizou o treinador durante a derrota para o Santos (estou levando em conta a vaia dos torcedores que estiveram no jogo e protestaram das arquibancadas. Não o “protesto” de alguns que tentaram invadir o vestiário, após a partida. Isso é coisa de gente, no mínimo, ignorante).

Não penso que Tite possa ser considerado um treinador top de linha. É mediano. Mas se há algo que marca a sua segunda passagem pelo clube, é o poder de reação apresentado em meio às crises. Ele teve um ótimo início, tentando recuperar um título perdido pelas loucuras táticas de Adilson Batista e pela apatia de alguns atletas. O gaúcho de Caxias do Sul não conseguiu o caneco, mas terminou o ano invicto.

Em 2011, viu sua equipe passar vergonha ao ser eliminada pelo colombiano Tolima, na Pré-Libertadores. Também perdeu jogadores importantes, como Ronaldo, Roberto Carlos e Jucilei. Mesmo assim, conseguiu recuperar o grupo e o levou até a final do Campeonato Paulista.

Com a perda do título para o Santos, foi reaberta a temporada de criticas ao treinador. Mas ele mais uma vez rebateu com estilo e fez o Corinthians atingir mais de 90% de aproveitamento no início do Brasileiro.

Agora, com a queda vertiginosa e a derrota para o Santos, Tite está de novo na berlinda. Cabe a ele aproveitar a sequência de jogos importantes, a começar pelo clássico contra o São Paulo, para responder mais uma vez aos seus críticos. Senão, mesmo que não seja demitido após uma eventual derrota para o Tricolor (devido à rivalidade),  Tite não deve aguentar a pressão.

AUSÊNCIA DE NOMES E ESTATÍSTICA


Além de simpatizar com o treinador e achar que a culpa pelo recente fracasso corinthiano (sim, aqui no blog eu escrevo “corintiano” com “h”) é dos atletas, o que faz Andrés segurar Tite no cargo é a ausência de um grande treinador disponível no mercado.

As estatísticas também devem fazer o presidente alvinegro apostar na manutenção do técnico. De acordo com o blog do PVC, em quarenta Campeonatos Brasileiros, 29 vezes o campeão teve o mesmo técnico do início ao fim da campanha.

Por curiosidade, o Corinthians já nadou contra esta estatística. Em 2005, quando se sagrou penta campeão nacional, o clube teve três comandantes durante a competição: Daniel Passarela, Márcio Bittencourt e Antônio Lopes.

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