quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Corinthians 2 X 1 Santos



O clássico do Pacaembu começou com muita vontade de ambas as equipes. Era correria de um lado, com o Souza perdendo a chance de abrir o placar logo no começo da partida, correria do outro, com a bola cruzada rasteira da direita, passando na frente de Kléber Pereira, sem que o mesmo pudesse alcançá-la.
O Corinthians entrou em campo com uma formação confusa. Felipe era o goleiro; Chicão, Paulo André e Balbuena formavam hora uma linha de três, hora uma linha de quatro, com Balbuena jogando na lateral-esquerda, improvisado, e Jucilei fechando como lateral-direito. Moradei protegia a defesa no meio de campo e liberava Elias, Jucilei e Boquita para criarem com a bola e marcarem sem ela. Jorge Henrique foi sacrificado pelo estranho - mas eficiente - esquema de Mano, hora jogando como ala-esquerdo, hora como terceiro atacante. Dentinho e Souza formaram o ataque.
Já o Santos entrou com Felipe; George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo. O meio era formado por Emerson e Rodrigo Mancha, como volantes, Robson - perdido dentro do esquema e consequentemente do campo - e Paulo Henrique na armação. Na frente estiveram Madson e Kléber Pereira.
A primeira etapa proseguiu e o jogo foi perdendo a intensidade. O Corinthians detinha as melhores chances e o Santos se arriscava nos contra-ataques. Marcante mesmo foi a cotovelada que Dentinho teria dado em Fabão, que o arbitro Guilherme Cereta não viu e sua omissão acabou causando confusão entre os jogadores.
No segundo tempo WL fez uma estranha substituição. Ele trocou o Mádson pelo Neymar. Ainda não entendo o motivo. Já o Corinthians voltou com a mesma formação e logo assustou o Peixe com um perigoso chute de Elias e ótima defesa do bom goleiro Felipe. Mas mesmo com o susto, quem abriu o placar foi o alvinegro da Vila Belmiro. Após falta desnecessária de Jucilei em Robson, George Lucas - que coloca a bola onde quer - cruzou na área e Eli Sabiá abriu o placar, aos 6 minutos. A bola ainda bateu no Chicão antes de cruzar a linha.
O Corinthians sentiu o gol, assim como o árbitro sentiu o peso do clássico. Assustado, marcava faltas inexistentes e deixava de marcar faltas claras. Mano, nervoso, foi expulso. E o Santos? Esse perdeu a chance de nocautear o atordoado dono da casa. Foram dez minutos de um Corinthians perdido e de um Santos inerte perante a sua própia vantagem.
O tempo passou, o Timão foi retomando as rédias do jogo e começou a pressionar. A entrada de Marcelo Oliveira no lugar de Moradei fez com que o Corinthians pressionasse, mesmo que de forma atrapalhada, pelo lado esquerdo do campo. Aos poucos a pressão foi aumentando, o gol amadurecendo, até que aos 34 minutos Bill, que entrou no lugar de Souza, empatou o jogo.
A partir daí a Fiel explodiu e o caldeirão do Pacaembu se fez valer. O Santos não tinha mais força para agredir e o Corinthians, mesmo perante a evidente deficiência técnica da maioria dos seus jogadores em campo, buscava o gol. Foi aí que após bela invertida de Elias para Balbuena, o jogador paraguaio cabeceou a bola para o meio e Chicão, o zagueiro artilheiro, a empurrou para o gol.
Festa no Pacaembu!
De maneira sofrida, aos 43 do segundo tempo, o Corinthians virou o jogo e encostou no G 4 do Brasileirão. Uma bela vitória para comemorar os 99 anos de história do clube da Zona Leste de São Paulo.
Já o Santos perdeu a oportunidade de levar importantissimos três pontos para o litoral.

NOTAS DO CLÁSSICO
- O repórter André Sanches, da Rádio CBN, confidenciou que Wanderley Luxemburgo conversava nervoso com alguns dirigentes do Santos após o jogo. Os gritos do treinador eram interrompidos por nervosas conversas ao celular. Não se sabe o motivo da irritação de Luxa.
- Desde pequeno não entendo porque Corinthians e Santos jogam os jogos entre si com uniformes tão parecidos. Fica difícil identificar os times quando o Corinthians joga com seu uniforme 1 e o Santos com o 2. Luxemburgo reclamou disso no intervalo da partida. Os árbitros deveriam se atentar para isso nos próximos jogos.
- O goleiro Felipe, do Santos, fez uma grande partida. Não entendo como ele estava encostado antes da chegada de WL, enquanto o péssimo Douglas ocupava a vaga de Fábio Costa.
- Defederico e Marcelo Mattos foram apresentados a torcida corinthiana ontem, no centro do gramado, no intervalo da partida.
- O contundido lateral-direito Alessandro, do Corinthians, esteve no Pacaembu e comemorou o gol de Chicão no alambrado.
- Chateado com os comentários de que estava fazendo corpo mole para conseguir aumento, Chicão não deu entrevista após o jogo do Pacaembu.

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