quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Meu colega de curso Thiago Borges escreveu uma matéria sobre a realidade do basquete nacional. Para tal, conseguiu uma entrevista com o jornalista esportivo André Kfouri.


Segue abaixo a matéria.

Para sair do ostracismo


Uma potência mundial: no masculino, bi-campeão do mundo (1959 e 1963), além de três medalhas olímpicas de bronze; no feminino, dois pódios em Olimpíadas (vice em 1996 e terceiro em 2000) e vencedor do Mundial de 1994 após bater as temidas americanas nas semifinais. Hoje, o basquete brasileiro nem parece que já teve um passado vitorioso como este. Após chegar ao fundo do poço, o esporte tenta voltar à época de glórias.

O basquete já foi um dos esportes mais populares do país. Nos anos 60 e 70, perdia na preferência dos torcedores apenas para o futebol. Porém, graças à decadência administrativa, que influenciou na diminuição dos resultados expressivos dentro de quadra, perde cada vez mais espaço na imprensa especializada, principalmente para o vôlei e automobilismo. Acostumado a vencer potências, a modalidade caiu no ostracismo.

Os cartolas do basquete não são os únicos culpados pela derrocada do esporte, mas podem ser considerados os principais responsáveis. "É raro encontrar um dirigente esportivo brasileiro que não tenha, como principal objetivo, perpetuar-se no poder. Dessa forma, as prioridades da gestão não são exatamente aquelas que imaginamos", diz André Kfouri, jornalista da ESPN Brasil e do jornal Lance!.

Gerasime Bozikis, o Grego, é um dos exemplos que mostram como a falta de um trabalho eficaz afeta o esporte. "O último presidente da Confederação Brasileira de Basquete ficou 12 anos no cargo, período no qual a seleção feminina deixou de ser relevante internacionalmente e a masculina não pisou em uma quadra olímpica", analisa Kfouri, ao lembrar que os homens não jogaram as últimas quatro Olimpíadas.

Em maio, Grego não conseguiu se reeleger. Carlos Nunes se tornou o novo presidente da CBB e terá o difícil desafio de reerguer o esporte. "É cedo para analisar a atual gestão. Mas a campanha da seleção masculina na Copa América mostrou que, quando se trabalha direito, tudo é possível", afirma Kfouri. No torneio realizado em agosto, o time brasileiro foi campeão, além de garantir vaga no Mundial do ano que vem, na Turquia.

Com uma geração de talentos reconhecidos mundialmente, como o pivô Thiago Splitter, o ala Anderson Varejão e o armador Leandrinho, aliada a renovação dos dirigentes do esporte, fica a esperança de que grandes resultados possam ser conquistados nos próximos anos. O basquete nacional merece voltar ao lugar de onde não merecia ter saído: a elite.




Borges escreve para o Cinefilia (www.cinefilia.net) e para o blog O amanhã nunca se sabe (www.oamanhanuncasesabe.blogspot.com)




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