terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Casos Bruno Cesar e Roberto Carlos

É de se estranhar o fato de Tite ter afastado Bruno Cesar, jogador revelação do Campeonato Brasileiro de 2010, sem um forte motivo. Que ele vinha jogando mal, é fato. Mas quem do Corinthians começou o ano mostrando um grande futebol?

O fato de ele ser o jogador mais substituído desde que Tite reassumiu o time, em outubro de 2010, pode até servir de pretexto. Mas não deixa o torcedor corinthiano convencido.

Nos últimos dias, li e ouvi uma versão que pode explicar os fatos.

Bruno Cesar teria chegado ao treino sem dormir, vindo direto de uma festa. Parte do elenco percebeu, inclusive Ronaldo, que foi falar com o camisa 10. Bruno não teria aceitado os conselhos/bronca do Fenômeno. Mais do que isso, disse que Ronaldo não podia falar nada, pois todo o elenco tinha que correr por ele durante as partidas.

Vale lembrar que Bruno Cesar ficou chateado com o ex-camisa 9, que disse, após o empate em 1 a 1 com o Noroeste, pelo Paulista, que a equipe -- entenda Bruno Cesar --, estava egoísta e que, antes de concluir, deveria olhar se havia alguém melhor posicionado.

De acordo com o que ouvi e li, Tite soube da "conversa" entre os dois e tomou uma posição. Se isso for verdade, todos sabem que posição foi essa.

ROBERTO CARLOS

A pressão da torcida -- que não ligou e nem perseguiu o atleta, como ele alegou -- até pode ter motivado o lateral-esquerdo a deixar o Corinthians. Mas de tudo o que envolveu sua saída, a torcida foi o menor dos motivos.

O maior dos motivos foi a proposta financeira que ele recebeu do futebol russo. Roberto recebia no Corinthians cerca de R$ 5,5 milhões anuais. Na Russia, irá faturar 7 milhões de EUROS por ano, o equivalente a R$ 15,5 milhões.

Outro fator foi uma discussão que ele teve com Tite, em Ibague, na Colômbia, antes do confronto contra o Tolima. Não há desconforto muscular que faça qualquer treinador do mundo preterir Roberto Carlos e escalar Fábio Santos em um jogo decisivo. Vale lembrar que Roberto também teve problemas de relacionamento com Adilson Batista, em 2010.

Quanto à proposta financeira, é totalmente compreensível que o atleta, aos 38 anos, a aceite. Inexplicável é ele mentir, ao atribuir sua saída à torcida, que errou, mas que não deve pagar essa conta sozinha.  

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